O QUE A Nvidia VENDE? CONHEÇA A EMPRESA QUE SURFA A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, SUPERA 'BIG TECHS' E VIROU QUERIDINHA DOS MERCADOS

 Placa da Nvidia na sede da empresa em Santa Clara, Califórnia


O que a Nvidia vende? Conheça a empresa que surfa a inteligência artificial, supera ‘big techs’ e virou queridinha dos mercados

Empresa já é a terceira mais valiosa entre as americanas, atrás da Microsoft e da Apple. No mundo, fica em quarto no ranking, atrás da Aramco, da Arábia Saudita

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O Globo com agências internacionais

 — Rio

22/02/2024 00h01  Atualizado há um mês


A Nvidia anunciou números recordes no quarto trimestre de 2023, com a receita dando um salto de 265% na comparação anual, enquanto o lucro foi 769% maior no mesmo intervalo. O resultado consolidou a empresa como a principal beneficiária do boom da computação de Inteligência artificial.


Diante de um aumento na demanda por chatbots e outras ferramentas, as operadoras de data center estão estocando os processadores da empresa, que são capazes de lidar com as pesadas cargas de trabalho exigidas pela IA.


A divisão da Nvidia que fornece chips para centros de dados - antes um negócio secundário - tornou-se sua maior fonte de dinheiro.

À frente da Nvidia estão Microsoft e Apple, nos Estados Unidos, e a Saudi Aramco, listada na Bolsa da Arábia Saudita. Esta vale um pouco mais de US$ 2 trilhões. Assim, entre as empresas americanas, a Nvidia assume a terceira posição da lista das mais valiosas e fica em quarto lugar no ranking mundial.

A chegada da Nvidia ao top five das empresas mais valiosas do mundo é um sinal de forte demanda por semicondutores que executam inteligência artificial de ponta e do apetite dos investidores pelas empresas que fabricam os chips.

Como muitos de seus pares, a Nvidia não opera sua própria produção de chips e depende da fabricação terceirizada fornecida pela Taiwan Semiconductor Manufacturing e pela Samsung Electronics. Esse arranjo a livra dos enormes gastos e riscos de investir na fabricação. Mas também lhe dá menos capacidade de ajustar o fornecimento rapidamente.

Revolução na computação gráfica e no mercado de games

A história da Nvidia começou em fevereiro de 1993, em Santa Clara, na Califórnia. Três engenheiros da Silicon Grapichs (Jensen Huang, Chris Malachowsky e Curtis Priem) se juntaram e criaram uma empresa para acelerar os gráficos para PCs. Uma aposta no mercado de jogos que começava a florescer.

Atualmente, Jensen Huang dirige a empresa. Ele transformou com sucesso seu negócio em domínio do mercado dos chamados aceleradores - chips que ajudam a treinar o software de IA bombardeando-o com dados.

A empresa foi pioneira no desenvolvimento de unidades de processamento gráfico (GPU) e, com o passar dos anos, revolucionou a indústria de games eletrônicos.

A Nvidia se tornou uma das maiores fabricantes de placas de vídeo do mundo, e com o tempo seu investimento tornou possível agregar núcleos Cuda e inteligência artificial para fazer a renderização da computação gráfica em tempo real.

Em outras palavras, essas ferramentas são responsáveis por rodar jogos de alto desempenho de computador e agora respondem de forma muito mais rápida.

A companhia passou então a investir no desenvolvimento de tecnologias, incluindo as de inteligência artificial, para diferentes indústrias.

A empresa fabrica GPUs para os mercados de jogos eletrônicos e profissionais, chips para o mercado de computação automotivo, além de soluções de data center e desenvolvimento de softwares para aplicação nas áreas da saúde e telecomunicações, por exemplo.

GPU, a galinha dos ovos de ouro

Depois de tentar e falhar com vários empreendimentos de expansão ao longo dos anos - como a fabricação de chips para dispositivos móveis - a Nvidia encontrou sua galinha dos ovos de ouro com a aceleração de IA. Algo que Huang faz a companhia apostar há anos.

Afinal, o conhecimento profundo sobre chips e placas gráficas posicionaram a Nvidia de forma estratégica no campo da computação. Isso porque toda e qualquer ferramenta, como o ChatGPT, tem necessidade de processadores de alto desempenho.

E a GPU passa a agir como o cérebro de computadores, robôs e carros autônomos, com capacidade de percepção e compreensão sobre os dados ali colocados.

Em menos de uma década, os negócios de data center da Nvidia dispararam. A fabricante de chips ganhou pedidos para equipar fábricas de computação gigantes ao argumentar com sucesso que os chips gráficos podem lidar com cargas de trabalho de IA melhor do que os processadores padrão.


Fonte:https://oglobo.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2024/02/22/o-que-a-nvidia-vende-conheca-a-empresa-que-surfa-a-inteligencia-artificial-supera-big-techs-e-virou-queridinha-dos-mercados.ghtml


O início da noite de quarta-feira fez investidores de mercados de todo o mundo pararem em frente às telas à espera do balanço da Nvidia referente ao quatro trimestre do ano passado. Para muita gente — principalmente para quem apostou na empresa lá atrás — valeu a pena.

A gigante de data centers e dos chips com alta capacidade de processamento para inteligência artificial (IA) informou um salto de nada menos de 769% no seu lucro. Ontem, os papéis da Nvidia, já muito valorizados, dispararam na Bolsa de NY.


As ações da companhia, que já é a terceira empresa mais valiosa dos Estados Unidos e a quarta do mundo, somaram 16,40%, indo a US$ 785,38. A empresa ganhou nada menos que US$ 277 bilhões (R$ 1,4 trilhão) em apenas um dia, o equivalente a quase 2,5 Petrobras.

Com isso, após o fechamento do pregão, o valor de mercado da Nvidia saltou para US$ 1,96 trilhão, ultrapassando a Amazon, avaliada em US$ 1,81 trilhão. Mas afinal de contas, o que é essa empresa até pouco tempo conhecida somente pelos entusiastas do mundo da tecnologia?

Chip da Nvidia: aposta em inteligência artificial fez empresa dar um salto — Foto: I-Hwa Cheng/Bloomberg
Chip da Nvidia: aposta em inteligência artificial fez empresa dar um salto — Foto: I-Hwa Cheng/Bloomberg

A história da Nvidia começou em fevereiro de 1993, em Santa Clara, na Califórnia. Três engenheiros da Silicon Grapichs (Jensen Huang, Chris Malachowsky e Curtis Priem) se juntaram e criaram uma empresa para acelerar os gráficos para PCs e apostar no crescente mercado de games.

A empresa foi pioneira no desenvolvimento de unidades de processamento gráfico (GPU) e, com o passar dos anos, revolucionou a indústria de jogos eletrônicos.

Atualmente, Jensen Huang dirige a empresa. Ele transformou com sucesso a empresa, que hoje domina o mercado dos chamados aceleradores: chips que ajudam a treinar os softwares de IA, bombardeando-os com dados.

CEO da Nvidia, Jensen Huang, usa jaqueta de couro, sua marca registrada, em evento em Taiwan — Foto: I-Hwa Cheng/Bloomberg
CEO da Nvidia, Jensen Huang, usa jaqueta de couro, sua marca registrada, em evento em Taiwan — Foto: I-Hwa Cheng/Bloomberg

O conhecimento profundo sobre chips e placas gráficas posicionaram a Nvidia de forma estratégica no campo da computação. Isso porque toda e qualquer ferramenta de IA, como o ChatGPT, tem necessidade de processadores de alto desempenho.

A empresa fabrica processadores para os mercados de jogos eletrônicos e profissionais, chips para o mercado de computação automotivo, além de soluções de data center e desenvolvimento de softwares para aplicação nas áreas da saúde e telecomunicações, por exemplo.

No olimpo das 'big techs'

A chegada da Nvidia ao olimpo das empresas mais valiosas do mundo (e virar uma das "7 magníficas" das Bolsas americanas, ao lado de outras big techs) é um sinal de forte demanda por semicondutores que executam a alta demanda de processamento da inteligência artificial de ponta e do apetite dos investidores pelas empresas que fabricam esses chips.

Com a revolução da IA generativa, a divisão da Nvidia que fornece chips para centros de dados — antes um negócio secundário — tornou-se sua maior fonte de dinheiro. Diante de um aumento na demanda por chatbots e outras ferramentas, as operadoras de data center estão estocando os processadores da empresa, que são capazes de lidar com as pesadas cargas de trabalho exigidas pela IA.


Como muitos de seus pares, a Nvidia não opera sua própria produção de chips e depende da fabricação terceirizada fornecida pela Taiwan Semiconductor Manufacturing e pela Samsung Electronics.

Fundador ganha bilhões de dólares em um dia

O CEO e cofundador Nvidia, Jensen Huang, ficou US$ 8,5 bilhões mais rico ontem, depois que a empresa disparou 16% na Bolsa, ganhando mais de US$ 230 bilhões em valor de mercado.

Jensen Huang, CEO da Nvidia, é recebido como celebridade em Taiwan — Foto: Bloomberg
Jensen Huang, CEO da Nvidia, é recebido como celebridade em Taiwan — Foto: Bloomberg

A fortuna do bilionário chegou a US$ 68,1 bilhões. Com isso, ele ascendeu ao 21º lugar no índice de bilionários da Bloomberg. Até o início de 2023, Huang estava na 128º posição, com um patrimônio líquido de US$ 13,5 bilhões.

Projeções otimistas

Nessa quarta-feira, a Nvidia também divulgou anteontem projeções otimistas, indicando que os lucros extraordinários podem não parar por aí. Ela estima que o faturamento no trimestre corrente fique em cerca de US$ 24 bilhões, acima das previsões de analistas de US$ 21,9 bilhões em média.

Embora os resultados fossem muito aguardados, com o mercado na esperança de que a Nvidia atenderia às estimativas de receita e garantiria aos investidores que ela vê mais crescimento na inteligência artificial generativa, os números superaram em muito as estimativas.


Fonte:https://oglobo.globo.com/economia/financas/noticia/2024/02/23/o-que-e-a-nvidia-e-o-que-os-lucros-espetaculares-dela-dizem-sobre-o-impacto-da-ia-na-economia-dos-eua.ghtml


Nvidia: conheça a história de sucesso da empresa que surgiu nos games, apostou em IA e hoje vale mais que Amazon e Google

Com valor de mercado de US$ 1,825 trilhão, gigante dos chips superou as duas 'big techs' tradicionais e se tornou a terceira companhia mais valiosa dos EUA e a quarta no mundo

14/02/2024 10h08  Atualizado há um mês

A Nvidia, empresa que surgiu nos games e apostou fortemente na inteligência artificial, ultrapassou a Amazon na Bolsa americana na terça-feira e, hoje, passou a Alphabet, dona da Google, no pregão.

As ações da americana Nvidia fecharam a US$ 739 nesta quarta-feira em Nova York, o que lhe conferiu um valor de mercado de US$ 1,825 trilhão. Os papéis da Alphabet subiram 0,55%, alcançando o valor de mercado de US$ 1,822 trilhão. A Amazon valia US$ 1,77 trilhão no fim do pregão. Desde 2002 a empresa de Jeff Bezos não ficava atrás da Nvidia.


À frente da Nvidia estão Microsoft e Apple, nos Estados Unidos, e a Saudi Aramco, listada na Bolsa da Arábia Saudita. Esta vale um pouco mais de US$ 2 trilhões. Assim, entre as empresas americanas, a Nvidia assume a terceira posição da lista das mais valiosas e fica em quarto lugar no ranking mundial.

A chegada da Nvidia ao top five das empresas mais valiosas do mundo é um sinal de forte demanda por semicondutores que executam inteligência artificial de ponta e do apetite dos investidores pelas empresas que fabricam os chips.

Chips de US$ 20 mil

Há dois anos, os principais produtos da Nvidia eram placas gráficas de jogos para PCs. Mas hoje seus produtos mais demandados são chips de IA para servidores, que podem custar mais de US$20.000 cada. Empresas como Microsoft, OpenAI e Meta precisam de dezenas de milhares deles para executar produtos como ChatGPT e Copilot.

Por isso, as ações da Nvidia se valorizaram mais de 246% nos últimos 12 meses.

CEO da Nvidia, Jensen Huang, usa jaqueta de couro, sua marca registrada, em evento em Taiwan — Foto: I-Hwa Cheng/Bloomberg
CEO da Nvidia, Jensen Huang, usa jaqueta de couro, sua marca registrada, em evento em Taiwan — Foto: I-Hwa Cheng/Bloomberg

A Amazon não fica tão atrás. A empresa reportou lucros trimestrais melhores do que o esperado em 1º de fevereiro, mostrando que conseguiu controlar os gastos após demitir 27.000 funcionários. Suas ações subiram cerca de 78% nos últimos 12 meses.

Ainda assim, há uma reorganização no topo do ranking das empresas mais valiosas do mundo.

Em janeiro, por exemplo, a Microsoft ultrapassou a Apple para se tornar a empresa mais valiosa, em grande parte devido à força de sua parceria em nuvem com a OpenAI e novos recursos de IA no Windows e no Office.

A Nvidia anunciará ganhos trimestrais em 21 de fevereiro. Analistas esperam um crescimento anual de 118% nas vendas, chegando a US$ 59,04 bilhões.


Fonte:https://oglobo.globo.com/economia/financas/noticia/2024/02/14/qual-e-a-empresa-que-surgiu-nos-games-apostou-em-ia-e-agora-vale-mais-que-a-amazon.ghtml

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