COMO A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL EVOLUIU AO LONGO DA HISTÓRIA

  Como a ideia de inteligência artificial evoluiu ao longo da história

ChatGPT, ferramenta que interpreta e se comunica em linguagem humana, inaugurou nova era da inteligência artificial. Relembre como a tecnologia evolui até hoje

Por Marília Marasciulo, com Tomás Mayer Petersen

10/06/2023 08h11  Atualizado há 5 meses

Antiguidade

A imagem de um ser artificial que desenvolve tarefas humanas surgiu pela primeira vez na Grécia Antiga — Foto: Maurício Planel
A imagem de um ser artificial que desenvolve tarefas humanas surgiu pela primeira vez na Grécia Antiga — Foto: Maurício Planel

A imagem de um ser artificial que desenvolve tarefas humanas surgiu pela primeira vez na Grécia Antiga. Na mitologia, Talos é um autômato gigante criado pelos deuses do Olimpo e designado para proteger a ilha de Creta.

A história aparece no épico de Jasão e os Argonautas, datado do século 3 a.C..


Redes neurais

 Em 1943, Walter Pitts e Warren McCulloch descreveram o funcionamento de neurônios artificiais. — Foto: Maurício Planel
Em 1943, Walter Pitts e Warren McCulloch descreveram o funcionamento de neurônios artificiais. — Foto: Maurício Planel

A consciência humana é um dos principais problemas filosóficos da história, com cientistas buscando entender como o pensamento racional opera e se ele pode ser replicado de forma mecânica. As primeiras pesquisas nesse sentido só puderam ser feitas a partir do surgimento dos computadores.

Em 1943, Walter Pitts e Warren McCulloch descreveram o funcionamento de neurônios artificiais capazes de performar funções lógicas, conceito que viria a ser chamado de “rede neural”.


O jogo da imitação

O pai da computação, Alan Turing — Foto: Maurício Planel
O pai da computação, Alan Turing — Foto: Maurício Planel

Em um artigo publicado em 1950, o pai da computação, Alan Turing, especulou que um dia as máquinas teriam o mesmo poder de processamento do cérebro humano. Por isso, ele propôs o Teste de Turing, ou “Jogo da Imitação”, uma maneira de testar a inteligência de uma máquina em comparação com a cognição humana.


Verão da IA

O termo “inteligência artificial” foi cunhado em 1956 — Foto: Maurício Planel
O termo “inteligência artificial” foi cunhado em 1956 — Foto: Maurício Planel

O termo “inteligência artificial” foi cunhado em 1956, durante uma conferência de verão em Dartmouth, nos EUA. O evento foi promovido pelos cientistas da computação Marvin Minsky e John McCarthy, e reuniu nomes como Claude Shannon (criador da teoria da informação) e Nathaniel Rochester, da IBM, para discutir formas de como replicar artificialmente a habilidade humana de resolver problemas.


Inverno da IA

O ano de 1974 ficou marcado como o início do Inverno da IA — Foto: Maurício Planel
O ano de 1974 ficou marcado como o início do Inverno da IA — Foto: Maurício Planel

A Conferência de Darthmouth tornou a IA um campo da ciência e influenciou investimentos na área, inclusive por programas militares, como o Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA).

Mas o otimismo deu lugar à descrença, principalmente por causa da limitada capacidade de processamento e dos altos custos dos computadores. Fundos de financiamento para a área começaram a esgotar, e o ano de 1974 ficou marcado como o início do Inverno da IA.

Sistemas especialistas

Um novo boom da inteligência artificial começou a partir de 1980 — Foto: Maurício Planel
Um novo boom da inteligência artificial começou a partir de 1980 — Foto: Maurício Planel

Um novo boom da inteligência artificial começou a partir de 1980, com a popularização dos Sistemas Especialistas, softwares com a capacidade de simular o raciocínio de experts em alguma área de conhecimento.

Esse tipo de IA começou a ser adotado por empresas privadas e financiado por governos, como o do Japão. Isso acabou criando uma bolha, que estourou em 1987 e deu início a um segundo “inverno”.


Derrota de Kasparov

Um dos marcos modernos da IA foi a derrota do campeão de xadrez Garry Kasparov  — Foto: Maurício Planel
Um dos marcos modernos da IA foi a derrota do campeão de xadrez Garry Kasparov — Foto: Maurício Planel

Um dos marcos modernos da IA foi a derrota do campeão de xadrez Garry Kasparov pelo computador Deep Blue, da IBM. A façanha representou a prova definitiva da Lei de Moore, proposta em 1965, que previa o crescimento exponencial da capacidade computacional a cada ano.

GPT-3.5

Novos conceitos como big data e machine learning aparecem a partir do século 21 — Foto: Maurício Planel
Novos conceitos como big data e machine learning aparecem a partir do século 21 — Foto: Maurício Planel

A partir do século 21, novos conceitos como big data e machine learning, além do aumento na capacidade de processamento de dados, fizeram a IA florescer cada vez mais.

Hoje, já conseguimos vislumbrar as capacidades de uma inteligência artificial geral de resolver qualquer tipo de tarefa que um humano também consiga. O lançamento de ferramentas como o GPT3.5 em 2022, pela OpenAI, é um exemplo.


Fonte:https://revistagalileu.globo.com/tecnologia/noticia/2023/06/como-a-ideia-de-inteligencia-artificial-evoluiu-ao-longo-da-historia.ghtml

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