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UMA REVOLUÇÃO CHAMADA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, IA NA MÚSICA

 robô tocando piano

Imagem: Unplash/Possessed Photography

A Meta, empresa dona do Facebook e do WhatsApp, acabou de liberar gratuitamente para o público o MusicGen, uma ferramenta que cria músicas usando a inteligência artificial.

Por meio de prompts, como “pop dançante com batidas tropicais” ou “música eletrônica dos anos 80 com graves marcantes”, o sistema gera automaticamente uma faixa de alguns segundos. Também é possível fazer o upload de uma canção ou até de um assobio para usar como base da melodia.

Recentemente, um engenheiro de inteligência artificial da Meta publicou um fio no Twitter demonstrando com exemplos como a tecnologia funciona. Confira:

A demo do MusicGen

A versão demo do MusicGen pode ser acessada pelo repositório Hugging Face e conta com apenas dois espaços: um para descrever a música que você quer gerar e outro para subir uma melodia base (este último é opcional).

Assim, o sistema cria uma faixa em questão de segundos, dependendo de quantas pessoas estiverem acessando ao mesmo tempo.

Como outros projetos da Meta AI, o MusicGen se propõe a ser código-aberto, para que outros desenvolvedores possam trabalhar e fazer melhorias na ferramenta. A empresa disponibilizou no GitHub todos os passos para instalar o sistema em um servidor próprio.

MusicGen chega para ser um forte concorrente ao MusicLM, do Google, cujos testes se iniciaram em maio. Inclusive, a Meta criou uma página comparando o MusicGen com o MusicLM e outros modelos de música feitas por AI. É curioso ver como o mesmo prompt pode gerar músicas distintas, mas mantendo a mesma temática.

Artistas em risco?

Como toda novidade envolvendo arte e inteligência artificial, a música criada por AI também levanta debates sobre direitos autorais. De acordo com a Meta, o treinamento do MusicGen utilizou mais de 20 mil horas de canções licenciadas de uma base de dados com 10 mil faixas de alta resolução. Além disso, também usou mais de 390 mil faixas instrumentais disponíveis no Shutterstock e no Pond5. A empresa afirma que possui acordos com os detentores dos direitos para treinar sua AI.

Mesmo assim, isso não significa que os artistas concordam que suas obras possam ser usadas para criar conteúdos derivados de computador. Pelo contrário, ferramentas como Stability AI, Midjourney e DeviantArt estão sendo processados por usarem ilustrações sem consentimento para gerar imagens em AI. Até o serviço de fotografias Getty Images entrou com uma ação na Justiça britânica por uso indevido de imagens.

De qualquer forma, os músicos não têm que se preocupar em perder o emprego para a inteligência artificial— ao menos por enquanto. Até o momento, as músicas geradas por computação ainda contam com limitações importantes.

Uma das maiores questões é a qualidade de som, já que as ferramentas ainda não conseguem gerar faixas de alta fidelidade, que contemplem todo o espectro audível de 44,1 KHz. Parte disso deriva da dificuldade em separar o som de cada instrumento para depois reproduzi-los de maneira fidedigna. Quanto mais complexa é a música, como uma orquestra, mais difícil é criar uma faixa sem ruídos aparentes.

Fora a questão da criatividade, algo que as máquinas não são capazes de aprender. Como já disse o cantor Nick Cave, “canções surgem do sofrimento, baseados na complexa e humana necessidade de criação. E algoritmos não sentem, dados não sofrem”.

Fonte:https://gizmodo.uol.com.br/musicgen-como-funciona-o-compositor-de-musica-por-ia-da-meta/

IA na música: o que artistas pensam sobre a tecnologia que faz até Ariana Grande cantar em português

David Guetta e Grimes estão entre entusiastas da tecnologia, mas há gravadoras tentando desacelerar a popularização

Por Lucas Costa, gshow — Rio de Janeiro

Ariana Grande é a vocalista mais capacitada do mundo atualmente? Bem, do ponto de vista da Inteligência Artificial, parece que sim. Entre os modelos de vozes treinadas pela tecnologia que se tornou o grande assunto do mundo da música, Ariana é uma das mais replicadas nas redes sociais, e já “cantou” até forró e piseiro.

Os covers que divertem usuários do Twitter e TikToke já fizeram até Michael Jackson cantar músicas do The Weeknd, no entanto, se tornaram uma grande preocupação na indústria musical. Enquanto há gigantes entusiastas da nova ferramenta, como David Guetta, há aqueles que declaram guerra contra os modelos de vozes treinadas.


A ferramenta do futuro

David Guetta usou voz de Eminem com Inteligência Artificial — Foto: Reprodução/Instagram/davidguetta

David Guetta usou voz de Eminem com Inteligência Artificial — Foto: Reprodução/Instagram/davidguetta

“O futuro da música está na IA [Inteligência Artificial]”, contou Guetta à BBC, depois de usar um vocal treinado de Eminem para uma música recente.

O produtor de “Titanium” usou alguns sites para criar a música que usou apenas em shows, e não pretende lançar a faixa comercialmente. Ele acredita que IA deve se tornar uma ferramenta usada por músicos para a criação de novos sons no futuro, isso porque: “todo novo estilo de música vem de uma nova tecnologia”.

“Tenho certeza que o futuro da música está na IA. Com certeza. Não há dúvidas. Mas como uma ferramenta”, explicou David Guetta à BBC. “Nada vai substituir o bom gosto”, completou.

 "O que define um artista é que você tem um certo gosto, um certo tipo de emoção que deseja expressar e vai usar todos os instrumentos modernos para fazer isso", pontuou Guetta.

Um hit injustiçado?

Ghostwriter fez música com vozes de Drake e The Weeknd — Foto: Reprodução/YouTube

Ghostwriter fez música com vozes de Drake e The Weeknd — Foto: Reprodução/YouTube

Se IA é coisa do futuro, bem, ele já parece ter chegado. No começo de abril, o mundo foi introduzido ao primeiro hit viral feito por Inteligência Artificial. Um produtor misterioso do TikTok, que usa uma camisa para esconder o rosto e se apresenta como Ghostwriter, juntou as vozes de Drake e The Weeknd em “Heart On My Sleeve”.

O vídeo com a música chegou rápido à marca de milhões de visualizações no TikTok, e também conseguiu centenas de milhares de execuções no Spotify e YouTube. Mas o momento de fama não durou muito.


A música foi removida dos serviços de streaming, e também se tornou indisponível no TikTok. Tudo isso pouco tempo depois que a Universal Music Group demonstrou preocupação frente à popularização do uso de IA.

Há pouco mais de um mês, a gravadora pediu para que as plataformas de streaming - incluindo Spotify e Apple Music - cortassem o acesso ao seu catálogo de músicas por desenvolvedores que o usam para treinar tecnologia de IA.

“Não hesitaremos em tomar medidas para proteger nossos direitos e os de nossos artistas”, escreveu a Universal Music para plataformas on-line em março, em e-mails obtidos pelo jornal britânico "Financial Times".


 

John Lennon foi morto em 8 de dezembro de 1980

John Lennon foi morto em 8 de dezembro de 1980

DIVULGAÇÃO

Voz de John Lennon é recuperada por IA e música nova dos Beatles será lançada

Segundo o artista, os produtores utilizaram uma antiga gravação de John Lennon para extrair a sua voz

Por Estadão

13/06/2023 08h28  Atualizado há 3 semanas


Em entrevista ao programa Today da BBC Radio 4, sobre o lançamento de seu novo livro Eyes of the Storm na manhã desta terça-feira (13), Paul McCartney disse terem conseguido obter a voz de John Lennon por meio de Inteligência Artificial (IA), e com isso, a vinda de uma nova gravação dos Beatles estaria prevista para ainda esse ano. Paul não confirmou datas nem revelou qual é a música.

"Tudo isso é meio assustador, mas também animador porque é o futuro", diz McCartney durante conversa com a apresentadora do programa, Martha Kearney, ao abordar o uso de IA.


Ainda segundo o artista, os produtores utilizaram uma antiga gravação de John Lennon para extrair a sua voz. "Foi uma demo que John tinha na qual trabalhamos e acabamos de terminar. Vamos lançar este ano. Conseguimos pegar a voz do John e torná-la pura por meio dessa IA. Então poderíamos mixar a gravação como faríamos normalmente", explicou.

Os Beatles e a inteligência artificial

Recentemente, o desenvolvimento da inteligência artificial e seu uso para a recuperação de documentos históricos em diversos formatos possibilitou que o diretor Peter Jackson restaurasse material captado em 1969 por Michael Lindsay-Hogg para o documentário Let It Be. Isso foi usado em seu filme Get Back, disponível no Disney+, revelando segredos escondidos por mais de 50 anos.


Fonte:https://epocanegocios.globo.com/tecnologia/noticia/2023/06/ultimo-disco-dos-beatles-sera-lancado-este-ano-com-o-uso-de-ia-diz-mccartney-em-entrevista.ghtml

Música com elementos gerados por IA pode ganhar um Grammy, desde que um ser humano contribua, diz CEO da Recording Academy

Em entrevista à Associated Press, Harvey Mason Jr. afirmou que "a música que contém elementos criados por IA é absolutamente elegível para inscrição" ao prêmio, mas o autor deve ter cuidado ao creditar essas contribuições

Por Redação Época NEGÓCIOS

05/07/2023 10h35  Atualizado há 3 dias


Novas regras anunciadas no mês passado pela Recording Academy especificam que o Grammy, maior prêmio da indústria da música, é para "apenas criadores humanos" e rejeita categoricamente qualquer trabalho que não contenha "autoria humana". Mas isso não significa que um ser humano não possa usar IA para criar um single ou álbum digno de prêmio, desde que tenha cuidado ao creditar suas respectivas contribuições, disse o CEO da Academia, Harvey Mason Jr., em entrevista à Associated Press.

"A música que contém elementos criados por IA é absolutamente elegível para inscrição e consideração para indicação ao Grammy. Ponto final", disse Mason. “O que não vai acontecer é que não daremos uma indicação ao Grammy para a parte da IA”.

Na prática, se um cantor interpretar palavras escritas por IA, ele não receberá crédito pela composição. Se a IA fizer a performance, o humano pode ser creditado como produtor, informa o Business Insider.

"Desde que o ser humano esteja contribuindo para além do mínimo, o que para nós quer dizer uma contribuição significativa, eles são e sempre serão considerados para uma indicação ou uma vitória", disse Mason. "Não queremos que a tecnologia substitua a criatividade humana. Queremos garantir que a tecnologia aprimore, embeleze ou acrescente à criatividade humana."

Mason disse que o processo para determinar as regras para este ciclo de premiação levou cerca de seis meses para ser definido. "Vamos ver se [inscrições com IA] serão indicadas ou não, mas tenho certeza de que serão apresentadas", disse o executivo.


Fonte:https://epocanegocios.globo.com/tecnologia/noticia/2023/07/musica-com-elementos-gerados-por-ia-pode-ganhar-um-grammy-desde-que-um-ser-humano-contribua-diz-ceo-da-recording-academy.ghtml




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