CIENTISTAS RECRIAM EM 3D PROTEÍNA RESPONSÁVEL PELA MULTIPLICAÇÃO DO CORONAVÍRUS


Cientistas recriam protease responsável pela multiplicação do SARS-CoV-2. Representação esquemática da protease de coronavírus. A enzima vem como um dímero composto por duas moléculas idênticas. Uma parte do dímero é mostrada em cores (verde e roxo), a outra em cinza. A molécula pequena em amarelo liga-se ao centro ativo da protease e pode ser usada como modelo para um inibidor. (Foto: Science/HZB)

Representação esquemática da protease de coronavírus. A enzima é composta por duas moléculas idênticas, uma em verde, roxo e a outra em cinza. A molécula pequena em amarelo liga-se ao centro ativo da protease e pode ser usada como modelo para um inibidor. (Foto: Science/HZB)

Cientistas recriam em 3D proteína responsável pela multiplicação do coronavírus

Segundo os especialistas, uma análise da arquitetura 3D da proteína permite o desenvolvimento de medicamentos que inibem a reprodução do SARS-CoV-2


Com o número de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus aumentando, os profissionais de saúde correm para encontrar medicamentos para tratar os pacientes de Covid-19. Dentre eles está um grupo da Universidade de Lübeck, na Alemanha, que parece ter encontrado uma abordagem promissora para o problema.
Em artigo publicado na Science, eles contam como conseguiram decodificar a arquitetura tridimensional da principal prótese do vírus SARS-CoV-2, usando um aparelho de raio-X conhecido como Bessy II. Como explicam os especialistas em comunicado, essa proteína está envolvida diretamente na reprodução do coronavírus — e uma análise de sua arquitetura 3D permite o desenvolvimento de medicamentos que inibem justamente isso: a multiplicação do microrganismo.
A análise estrutural das proteínas funcionais do vírus é muito útil para estudar sua reprodução, pois essa característa está intimamente relacionada à sua arquitetura 3D. Logo, conhecendo seu arranjo, é possível identificar "pontos de ataque" específicos para as substâncias ativas dos medicamentos que estão sendo desenvolvidos.
Outras possibilidades
Enquanto novos medicamentos não são criados especificamente para a Covid-19, drogas já conhecidas pelos médicos estão sendo testadas. De acordo com um anúncio realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na última quinta-feira (19), ao menos 200 drogas já existentes estão sob a análise de especialistas ao redor do mundo. Dentre elas estão o favipiravir, um analgésico japonês, e a cloroquina, usada para tratar casos de malária.




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