TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NA EDUCAÇÃO: CONHEÇA AS TENDÊNCIAS E O QUE VAI MUDAR NO ENSINO

Transformação digital na educação: conheça as tendências e o que vai mudar no ensino

Transformação digital na educação: conheça as tendências e o que vai mudar no ensino



transformação digital não é um assunto de interesse exclusivo dos profissionais de TI e entusiastas da tecnologia. Seus impactos atuais alcançam as esferas mais profundas não só do setor privado, mas de órgãos públicos e da população em geral — e isso significa que algumas questões precisam ser repensadas. Afinal, você sabe qual é o impacto da transformação digital na educação?
Entender o conceito e o que muda no sistema de ensino é fundamental para otimizar o uso da tecnologia em nosso dia a dia. Pensando nisso, criamos este post para esclarecer o que é transformação digital, mostrando os prós e contras para a educação e dando dicas para dar início a esse projeto. Confira!

O que é transformação digital?

A transformação digital pode ser compreendida como um processo de aprimoramento de uma determinada atividade por meio do suporte tecnológico. Esse movimento já é amplamente discutido no mercado corporativo, mas seus reflexos vão além. Hoje, a sociedade como um todo já passa por profundas mudanças causadas por essa nova era da tecnologia.
A educação, como qualquer outra atividade, está sendo fortemente impactada pelas facilidades que a digitalização oferece. No entanto, há quem resista a essa mudança irreversível, enquanto especialistas mostram que não é possível simplesmente impedir o acesso à internet seja qual for o ambiente — é preciso colocar a tecnologia para trabalhar a nosso favor.
Um conceito que ganha força em todo o mundo é o de “long life learning”, que traduzindo livremente significa “aprender durante a vida inteira”. Por isso, é importante acompanhar a revolução tecnológica e traçar um plano de educação sustentável em curto e longo prazo nas escolas.

Quais são os prós e contras de usar tecnologia na educação?

Estamos vivendo no contexto da Educação 4.0, algo que também acontece em diversos outros âmbitos da sociedade. Com a crescente influência do mundo digital, surgiu a necessidade de adotar processos educacionais em níveis cada vez mais personalizados. Assim, um dos maiores benefícios do uso da tecnologia é proporcionar essa adequação tão importante.
Cada estudante deve ser capaz de trilhar o próprio caminho com uma autonomia cada vez maior, determinando o que é mais relevante em áreas específicas de conhecimento para o desenvolvimento das suas habilidades. Consequentemente, as oportunidades do mercado de trabalho podem ser aproveitadas de forma mais democrática.
Diversas iniciativas recebem apoio de instituições como Harvard, MIT, Facebook, Google etc., visando o fortalecimento das microcertificações — ou seja, pequenos módulos de aprendizagem que podem ser acessados pela rede, sem a necessidade de mediação de outra instituição de ensino.
No entanto, os benefícios vão além. No ambiente escolar, por exemplo, é possível trabalhar com o que os especialistas chamam de shadow school. Estamos falando de processos e vivências que muitas vezes passam despercebidos pela direção e pelos professores. Com esse conhecimento em mãos, é possível construir um ambiente mais agradável e atrativo para os alunos.
É claro que toda mudança desse nível vem com alguns riscos. No entanto, a principal desvantagem é justamente a necessidade de dar início a esse processo com agilidade e efetividade. Afinal, a tecnologia já é uma realidade em nossas vidas. Ignorá-la ou mantê-la “proibida” nas escolas só afasta o interesse dos alunos, pois cria um ambiente que não condiz com a realidade do seu dia a dia.
Os processos de aprendizagem são inerentes ao ser humano. Seja na escola, seja fora dela, os estudantes terão contato com a tecnologia e desenvolverão sua relação com o mundo digital e por meio dele. É preciso integrar essa realidade ao ambiente escolar e adequar as instituições de ensino às necessidades da vida em sociedade.

Existem bons exemplos da transformação digital na educação?

Há um processo feito em Londres com um minicomputador chamado BBC micro:bit. O dispositivo passa a ser de posse do aluno, com o objetivo de permitir que ele desenvolva projetos com a tecnologia da Internet das Coisas (IoT). Ele pode programar um jogo ou acessar programas, como por exemplo o que simula a planta de uma casa, além de permitir fazer verificações (se há ou não água e energia elétrica, por exemplo).
O aluno faz isso em conjunto, na escola, mas a invenção é dele e pode ser levada para casa. Assim, as famílias são integradas ao processo de aprendizagem e, mais importante que isso, o ensino é estendido à aplicação prática. Trata-se da sedimentação da inovação na escola, além de mostrar aos pais que seus filhos estão sendo empoderados em relação ao uso da tecnologia.
Outro exemplo é o sistema de Indoor Position System (IPS), que funciona como uma espécie de GPS interno da escola. Inserido em uma pulseira dada a cada aluno, ele permite localizar os alunos nas dependências do colégio. Além de eliminar a necessidade de chamadas nas salas, o sistema otimiza as compras na cantina, a retirada de livros na biblioteca etc. Veja um exemplo prático disso aqui.
Por fim, vale destacar o trabalho da Positivo nesse contexto. Há mais de 20 anos, a empresa trabalha com o professor web, que fica à disposição para auxiliar os alunos via chat. Hoje, as dúvidas podem ser reunidas em um grupo de discussão e acessadas por todos os alunos.
Esse é um exemplo claro de como a shadow school pode ser acessada por meio da tecnologia, pois sem ela as dúvidas passariam despercebidas aos olhos dos educadores.

Como começar esse projeto educacional?

O primeiro passo é eleger os embaixadores da inovação na escola — professores, coordenadores etc. — e capacitá-los. A implementação top-down, em que as decisões são simplesmente tomadas pela direção sem integrar os educadores na discussão é um erro bastante comum. Ela costuma resultar na substituição de uma ferramenta por outra sem trazer inovações reais ao ensino (trocar cadernos por tablets, por exemplo).
O segundo passo deve ser a busca por parceiros que sejam a referência para o projeto como um todo. Um consultor eficiente é aquele que se preocupa com a efetividade da solução e o fazer sentido para a escola, e não simplesmente em vender seus produtos.
O projeto deve ser de relevância para a vida dos alunos, o que significa que a escola precisa estudar a comunidade na qual está inserida, pensando de forma mais ampla. O impacto social tende a ser grande — e bastante positivo —, por isso é crucial planejar e gerenciar o processo levando em conta as necessidades dos envolvidos.
Em geral, o processo tende a durar de três a quatro anos. Por isso, a parceria deve ser duradoura e pensada em médio e longo prazo, adotando a tecnologia de forma gradativa. Em pouco tempo, os resultados poderão ser notados e uma cultura de inovação surgirá.
Como você pôde ver, a transformação digital na educação já é uma realidade. Nos próximos anos, a presença da tecnologia atrelada a ganhos educacionais será cada vez maior nas escolas — e é preciso estar preparado para essa mudança!

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